sábado, 25 de maio de 2019

A caixa núcleo





A caixa núcleo, tem geralmente metade do tamanho de uma colmeia, e em geral, contém 5 quadros móveis. Pode servir para captura de enxames, transporte de abelhas ou início de colónias que mais tarde transitarão para colmeias.
De um modo geral, podemos considerar que um núcleo é uma colmeia mais pequena. 



Na verdade, assemelha-se muito com a colmeia, em todos os seus componentes, já que segue as mesmas funções, com a diferença de tamanho. Um núcleo, está dimensionado ao tamanho da colónia que encerra no seu interior, e portanto, tende a ser mais pequeno, permitindo um maior conforto.
Nesta caixa, também existe a abertura na tampa de agasalho, que durante os meses frios, permite a colocação de alimento no núcleo, sem termos que abri-lo, expondo a colónia a temperaturas baixas.



A régua de entrada, colocada sobre a tábua de vôo, neste caso, está vocacionada para a entrada de verão, com a abertura maior, e a entrada de inverno com a abertura mais pequena. A abertura pequena, evita a perda de temperatura nos meses frios. Por outro lado, a tábua de vôo, facilita a entrada e saída do núcleo, por parte das abelhas.


O núcleo, comporta 5 quadros móveis. É habitual, quando se adquire um enxame, este vir com três quadros de criação, aberta e fechada e dois quadros de reservas alimentares. Isto significa que os quadros de criação, vêm com alvéolos onde ainda se vêm larvas e alvéolos onde já está em processo de metamorfose. Além de abelhas amas que cuidam das larvas durante todo o processo. Estes 5 quadros, serão posteriormente transferidos para uma colmeia de 10 quadros.


Nesta imagem consegue-se ver o suporte dos quadros, que evita que os quadros se toquem entre si e no estrado, durante o transporte e acabem por matar abelhas.


Nestes núcleos, a distância entre quadros é constante. No entanto, em algumas colmeias é possível que a distância entre quadros seja menor, podendo por vezes ser utilizado o espaçamento entre quadros maior, tornando o numero de quadros por colmeia, mais reduzido. Nestes casos, com menos quadros, esse espaço será posteriormente usado pelas abelhas para encher de alvéolos maiores, levando cada um mais reservas alimentares.


A existência da pega, é sempre muito útil, já que permite levantar com firmeza o núcleo, sem dificuldade. Assim como o grampo, na base do núcleo, que permite a junção do estrado com o ninho.


A abertura na tampa de agasalho, permite a colocação de um alimentador, nos meses de frio, para alimentar o núcleo.


domingo, 31 de março de 2019

É para o lixo?




Durante este mês de março estive bastante ocupado a fazer desdobramentos e planeamentos, não tendo tido oportunidade de descansar tanto quanto gostaria. Frequentemente estive com a cabeça cheia de decisões e por isso dormi pouco acordando várias vezes de madrugada, a escrevinhar e a programar o trabalho. 

Como tardavam os desdobramentos das colmeias, estas divisões de enxames que nos permitem aumentar o número de colmeias sem termos que comprar mais abelhas, adquiri rainhas para tornar este aumento mais célere. Caso contrário, teria tido muito mais trabalho se tivesse apenas deixado nas patas das obreiras a decisão de fazerem alvéolos reais para criar descendência dentro das colmeias. Pois é verdade! Sabem que a rainha apenas goza do título nobiliárquico? Dentro da colmeia, são as obreiras que tomam decisões. Mas isto ficará para outra conversa.

Desenvolvi dez enxames, cada um na sua colmeia, por falta de caixas vazias de núcleo, ocupados ainda com desdobramentos lentos e alguns em situação muito complicada, dado o estado em que vinham as rainhas de Oliveira de Azeméis. 
Quando desenvolvemos enxames pequenos, com poucas abelhas, devemos fazê-lo em caixas núcleo (caixas pequenas, apenas com cinco quadros, as colmeias por seu lado, têm 10 quadros), porque damos mais aconchego a um enxame pequeno. Mas na falta destes núcleos, por estarem ainda ocupados, tive que recorrer a colmeias.

 Escolhi-as cuidadosamente, porque nem todas são iguais, tive ainda que me lembrar que estas colmeias são de transporte e vão para outro apiário, mas vão com bilhete de regresso. Quer isto dizer que são colmeias que voltarão ao apiário de origem, daqui a 4 semanas. Na verdade, não temos colmeias de transporte e colmeias fixas, o que define isso, acaba por ser a régua de entrada da colmeia. Sem buracos adicionais, para que as abelhas durante o transporte não possam sair, em trânsito, podendo provocar algum acidente.

Depois de preparar a colmeia, temos que garantir a sua estanquidade total, em insectos. Quer seja na tampa de agasalho, que não pode escorregar quer seja na régua de entrada, que deverá estar colocada no modo de transporte, permitindo a ventilação da colmeia, evitando a sua asfixia.

Conto com a preciosa ajuda de um carrinho de mão, peça fundamental em qualquer Quinta, e que permite diminuir o peso das colmeias nos meus braços. Apesar de o terreno ser plano, entre o portão e o apiário, a distância é o meu maior obstáculo e ao mesmo tempo um mal necessário, pois garante a liberdade e segurança das pessoas que por ali circulam.  Duzentos metros separam o portão das colmeias e é impensável fazer este trajecto sem o uso de transporte auxiliar.
Num dia de muito sol, ao final da manhã, quando a temperatura do dia atingia quase o seu ponto mais alto, sentia o suor a escorregar-me pelas costas, debaixo daquela burca branca. No largo sem saída, para onde convergem as portas e portões das Quintas e Quintinhas, há um ecoponto e dois contentores do lixo. Desde que ali cheguei, que tenho o hábito de estacionar a viatura, entre um destes depósitos grandes e uma boca-de-incêndio ladeado por um muro amarelado. A essa hora o meu carro cria naturalmente uma faixa de sombra fresca.
Quando levei a primeira colmeia para junto do carro, resolvi depositá-la na sombra criada pela viatura, já que teria que levar mais três para ali. Pareceu-me o melhor local para permanecer sem estar a esturricar ao sol. É que uma colmeia fechada, em transporte, com muitas abelhas e má ventilação, poderá facilmente transformar-se num túmulo real colectivo. Por esta razão, deixei-a no melhor local, à sombra fresca que a viatura formava.
Fui carregar a segunda, de volta à Quinta, carregar no carro de mão e voltar ao largo. Teria que fazer este percurso várias vezes. Quando saí o portão, verifiquei com espanto, que estava um senhor entre a colmeia e o muro da Quinta, a observa-la, quando desviou rapidamente o olhar na minha direcção. Olhámo-nos por aquela fracção de segundo que antecede qualquer comentário. Percebi imediatamente o que aquele velhote estava a verificar e em tom de graça, dirigindo-me para ele, com mais uma colmeia no carrinho de mão, mas desta vez, já com a cabeça destapada e com um sorriso na cara, criou-se espaço para um breve diálogo improvisado, pois não tinha notado a sua chegada e disse-lhe amigavelmente:

- Não abra isso! Está cheio de abelhas... 

Respondeu-me,

- É para o lixo?

De facto, a proximidade da colmeia com o contentor do lixo era a mesma que a distância entre ela e a bagageira do meu carro. 
Enquanto aquele senhor, deveria estar a pensar em recuperar aquela caixa de abelhas do lixo, eu estaria a pensar em proteger as abelhas do calor. Tanto ele como eu tivemos naquele momento, legitimidade de defender o nosso pensamento.
O desfecho desta situação só não foi diferente, porque regressei com mais material para junto daquele local. Caso contrário, acredito que num largo como aquele, sem qualquer movimento, aquela colmeia teria desaparecido dali, tão misteriosamente como aquele senhor, apareceu.

- Não! Estou a transferir colmeias, disse-lhe.


No mesmo instante, enquanto depositei mais uma colmeia na sombra, posicionada junto da primeira, dei meia volta para ir buscar a terceira e o senhor desaparecera, tão rápido que nem dei por ele. Rápido a ponto de me confundir se de facto aquela conversa teria mesmo existido ou se teria sido imaginação provocada pelo sol ou pelo cansaço do meu corpo. 






domingo, 24 de março de 2019

Colmeia Reversível

Durante muitos anos a apicultura esteve estagnada, com pouca invenção de material e pouco evoluída. Quando surgiu um novo modelo de colmeias, houve uma revolução na apicultura, a ponto de transformar este sector, numa actividade mais rentável, mais limpa, mais fácil, e mais cómoda. Para isso muito contribuiu o aparecimento de uma nova técnica de praticar a apicultura, através de novo modelo de colmeias - Colmeia de quadros móveis.

Há muitos modelos de colmeia, quase diria eu que em cada país deve haver uma colmeia diferente, por vezes própria dessa região. Aqui entre nós, de um modo geral, temos três grandes tipos de colmeia de quadros móveis. A colmeia Lusitana, a colmeia reversível e a colmeia Langsthrot.

Cada modelo tem as suas diferenças, sendo que as duas primeiras, só têm de diferente a altura, que neste caso, a Lusitana é mais alta que a Reversível. As outras medidas são iguais nestes dois modelos.
São por isso dois modelos muito usados por vários apicultores que podem misturar materiais entre as duas colmeias.

Mas hoje, vou falar-vos do modelo Reversível, aquele que uso com maior frequência.

Este é o modelo Reversível, pintado com tinta de areia.

As colmeias podem ser construídas por nós, ou compradas, sendo que as compradas, têm dois tipos de acabamento exterior, a tinta de areia, como esta ou em acabamento de madeira, (vulgarmente conhecidas como malhetadas). Nas malhetadas, a manutenção deverá ser feita anualmente, passando um pano embebido em óleo de linhaça, para hidratar a madeira e manter a sua impermeabilidade à água e humidade. Por outro lado, as colmeias de tinta de areia, como esta, devem ser pintadas sempre que apresentem fissuras ou tinta estalada. As colmeias sem manutenção têm cerca 5 anos de vida útil.


Nesta fotografia, estamos a ver a régua de entrada. É o nome dado a esta ripa metálica com arcadas, que permite ás abelhas entrar na colmeia. Protege a entrada de inimigos porque só entra quem conseguir transpor estas arcadas. Esta ripa metálica, poderá ter outro padrão, com menos arcadas, se for a ripa de inverno (evita que se perca temperatura ambiente pela entrada), ou pode conter apenas furos pequeninos (usada para transporte, permite ventilar sem permitir a saída de abelhas). Este é o padrão de primavera/verão.

Logo por baixo da régua metálica, está a tábua de vôo. Geralmente esta tábua é móvel, ou seja, retira-se quando se transporta a colmeia, mas neste caso, como é mais recolhida, esta é fixa. A tábua de vôo, serve de "pista" para as abelhas terem espaço para levantar vôo e aterrar, quando vão e vêm do campo. Se a colmeia não tiver esta tábua, as abelhas à chegada à colmeia, cansam-se mais, porque carregadas, permanecem muito tempo a tentar pousar. 

A base da colmeia, é também ela uma peça independente, aliás, se repararmos bem, toda a estrutura que compõem a colmeia, é feita de peças independentes e neste caso a base, tem o nome de estrado. O estrado, tem uma ligeira inclinação para a frente, permitindo ás abelhas, fazer a limpeza da colmeia, removendo abelhas mortas, pequenos grãos de cera ou parasitas mortos. Esta inclinação é também muito importante, porque durante o inverno, e com muita humidade, a água poderá sair mais facilmente da colmeia. 


Este grampo, permite fixar o estrado à base da caixa. Sem ele, o estrado ficaria separado da caixa e dificultaria o transporte da colmeia, além de tornar quase impossível movê-la se se separar em peças. O grampo é prende a caixa do ninho ao estrado, com pregos.


Esta pega é essencial para o transporte das colmeias. Imaginem uma colmeia cheia de mel, com um peso de 30 kg. Se não houver pega, torna-se extremamente desconfortável, transportar as colmeias. Parece que não, mas esta pega é extremamente importante.


Tampa de agasalho, é o nome dado a esta tampa, que permite manter a temperatura interna da colmeia. A tampa de agasalho, protege a parte de cima da colmeia. Separa o topo dos quadros do telhado, dando aqui um certo conforto ao enxame.


A tampa de agasalho, tem ao centro esta pequena tampa redonda. É por aqui, que durante o inverno, temos acesso à colmeia, sem termos que abri-la, diminuindo drasticamente o calor, nos dias frios de inverno. É também através desta pequena tampa, que colocamos o alimentador de inverno.


A primeira caixa da colmeia chama-se ninho. É uma caixa que pode conter 8, 9 ou 10 quadros. É no ninho que toda a actividade do enxame está concentrada. Todas as colmeias têm que ter um ninho e todas as reservas que as abelhas vão produzir, no ninho, ficam no ninho. Até mesmo o mel guardado no ninho, não deve ser retirado. Habitualmente é aqui que a rainha põem os ovos.

Para facilitarmos o nosso trabalho, quando pretendemos colocar abelhas no ninho de uma colmeia, adquirimos placas de cera moldada e colocamos nos quadros móveis. Desta maneira, estamos a acelerar a fixação de abelhas na colmeia. A cera já vem preparada em placas, que facilmente são colocadas nos quadros, que por sua vez, são metidos na colmeia. Podemos cortar a placa de cera pela medida que queremos. Sendo que por defeito, as placas vêm com a medida dos quadros de colmeia lusitana, porque a altura desses quadros é maior, permitindo cortar para quadros mais pequenos, se necessário.

A cera é soldada muito facilmente, aos quadros, através de um transformador a quente, que ao aquecer o arame, este funde-se com a cera. Como o arrefecimento é muito rápido, a cera adere instantaneamente ao arame, ficando fixa com firmeza.
Quando compramos a cera, devemos ter a certeza que é de boa qualidade, pois corremos o risco de a cera derreter nos meses mais quentes, estragando a actividade das abelhas e do mel armazenado.

O encaixe dos quadros respeita uma distancia própria, que se define pelo espaço abelha. Este espaço é o espaço existente entre cada quadro, que permitirá às abelhas circularem entre os quadros, para realizar as suas tarefas dentro da colmeia. Se um ninho de colmeia tiver apenas oito quadros, o espaço abelha será maior que numa colmeia de 10 quadros. Assim, o que se sucede, é que as abelhas vão preencher este espaço, com quadros mais pesados e mais cheios de mel.

Esta peça tem o nome de telhado. Telhado que protege a colmeia da água das chuvas,  dos ventos e calor excessivo. Está colocada sobre a tampa de agasalho. Por vezes, são feitas apenas de chapa zincada, tornando-a muito leve, mas resistente. 

Há uma tendência para construir as colmeias mais leves mas ao mesmo tempo, resistentes, já que como é sabido, não é propriamente fácil transportar várias colmeias à mão, na altura de lhes retirar o mel.

Podemos construir uma colmeia, tentando procurar as diferentes peças que a compõem, a preços mais convidativos. Podemos até com algum jeito, construirmos nós próprios as colmeias ou pelo menos parte delas. As outras peças, podem ser adquiridas.

Em 2019, uma colmeia reversível, malhetada, completa, mas sem cera, custa 42,00 €.

Se tiverem alguma duvida, podem e devem perguntar,





domingo, 17 de março de 2019

Apresentado às Abelhas

A minha primeira experiência com abelhas, passou-se em abril de 1992, tinha eu na altura, 21 anos.
Fui passar um fim de semana de primavera a casa do avô do amigo Daniel, em Tomar. Lembro-me que o quintal tinha algumas árvores de fruto em flor e que como natural, havia abelhas nessas flores. Mas para mim, citadino, a presença desses insectos, voando próximo e zumbindo, arrepiava-me, alertando-me para fugir dali logo que possível. 

O quintal não era muito grande e lembro-me que tinha uma nespereira enorme e algumas oliveiras dispersas. Ao fundo, junto de um casebre, estavam as colmeias em fila indiana. Deviam ser umas dez caixas de cores aguadas, leves mas cheias de vida e de movimento junto da entrada, claro. 

O dia estava quente, parecia uma manhã de verão, e convidava ao uso de pouca roupa. Todos estávamos de manga curta, quando em determinada altura, o avô, quis mostrar-nos mais de perto aquelas caixas, coloridas. Mas preveniu que devíamos passar por trás porque só ali era seguro. 
Lembro-me de gelar, apesar do calor... lembro-me de me deixar ficar para trás, lembro-me de querer ser o último de uma fila de quatro e de dar pequenos passos a tentar deixar-me ficar pensando que conseguiria sair dali sem ser visto, como quem quer passar despercebido. Mas não deu. Quando percebi, já estávamos  a passar na zona segura, onde fizemos uma pausa propositada, para ouvirmos o zumbido que saía daquelas caixas. Era parte obrigatória do passeio ás colmeias para que tomássemos conhecimento dos sons e dos cheiros que aquelas caixas cheias de vida emanavam. 

No tempo que ali estivemos deixei de ouvir as explicações do avô sobre apicultura e deixei-me levar pelo entusiasmo e adrenalina que todas aquelas novas experiências me estavam a causar. Deixei de ouvir o terrível zumbido, deixei de suar, deixei-me contemplar por tudo aquilo, como se fosse um apicultor experiente.

Estávamos quase na hora do almoço, quando alguém alertou que havia um enxame pendurado numa oliveira. Enquanto contemplava aquele enorme cacho de abelhas, penduradas umas nas outras, o avô e o pai do Daniel preparavam o material para intervir e resgatar aquele precioso enxame.

Percebi que estava entre profissionais competentes quando os vi trabalhar. Senti-me orgulhoso de poder estar ali bem perto deles e ver tudo o que faziam. E o mais interessante é que, enquanto faziam, diziam o que estavam a fazer para que nós, miúdos,  pudéssemos perceber o que ali estava a acontecer.

Como o enxame era muito grande e havia espaço livre na oliveira, optaram por colocar por cima do cacho e sobre os troncos da árvore, apoiada, uma alça cheia de quadros de cera nova. Nesse momento, o enxame que estava parado e pendurado, começou a mexer-se. Aquelas abelhas, pareciam formigas. Apesar de terem asas, começaram a andar, começaram a caminhar umas sobre as outras, todas num único sentido, todas para cima, entrando na caixa cheia de quadros. Aos poucos o cacho foi ficando pequeno, diminuindo de tamanho. E fomos almoçar.

Ao final do dia, aquela alça de colmeia estava cheia de abelhas. Disse o avô que durante a noite, no escuro, iria move-la dali, para o seu local definitivo, junto das outras.
E assim foi, caiu a noite e moveu-se a caixa. Porque as abelhas não vêm no escuro e por isso ficam quietinhas.

Não me lembro dessa noite, nem do dia seguinte, sei que foi uma experiência maravilhosa, que jamais esquecerei. Se foi o começo da apicultura, para mim, não sei dizer, mas foi revivido em 2012, quando visitei uma feira de mel e percebi que queria conhecer melhor as abelhas. Nesse ano, sim, comecei a ler e estudar abelhas... 


sexta-feira, 15 de março de 2019

O porquê deste blog

Durante muito tempo pensei que não faria grande sentido criar um espaço como este, onde pudesse adicionar informação, porque estive sempre envolvido em projectos que me deixaram pouco tempo para o fazer.

Acabei por criar pequenos grupos nas mais diversas plataformas onde fui partilhando informação sobre os temas que gosto. Mas agora, depois de pensar um pouco melhor sobre as possibilidades que tenho para divulgar, ensinar e partilhar, achei que os grupos já não servem por estarem limitados pelo espaço de armazenamento de texto, fotografias  e vídeos. 

Como apicultor, vou falar das abelhas e dos produtos da colmeia. Sinto necessidade de explicar o que sei e o que aprendo com as abelhas, porque parece-me diferente e muitíssimo interessante.

A ideia de estruturar o blog, é divulgar os conceitos básicos do material, dando-vos a conhecer os materiais que se usam no dia a dia e para que servem. A pouco e pouco, vou dando também informações através de vídeos e fotografias sobre o meu trabalho junto das colmeias. Pretendo alternar os textos de informação, com histórias e aventuras vividas por mim, no trabalho com abelhas e colmeias. Qualquer dúvida que possa existir, tentarei responder-vos logo que me seja possível.

Acredito que todos nós, só conseguiremos realmente evoluir, partilhando o conhecimento. Sem partilha não haverá crescimento, nem desenvolvimento e continuaremos a cometer os mesmos erros, não aprendendo nada com eles.





A caixa núcleo

A caixa núcleo, tem geralmente metade do tamanho de uma colmeia, e em geral, contém 5 quadros móveis. Pode servir para captura de enx...